A arborização da cidade é simplesmente maravilhosa! Em tempos de redes sociais, onde muitos usam adjetivos superlativos para atrair atenção, você poderia estar torcendo o 👃🏻 nariz agora mesmo. Mas te garanto que esses são muito corretos.
Quer fazer algo comigo? Abra o Google Maps e ative a camada do Street View:
Em seguida clique em uma rua aleatória de sua cidade. Observe as árvores. Agora pesquise por Mendoza e igualmente clique em uma rua qualquer. É humilhante!
Não sei, quase te ouço choramingando que sua cidade não é das mais arborizadas. Sinto muito por isso... Mas então pesquise por Maringá, famosa por ser uma das cidades mais verdes do Brasil. Veja como é uma rua no bairro que você quiser. Logo escolha outra qualquer de Mendoza. E aí? Viu? O adjetivo sensacional para Mendoza é muito mais que justo e honesto. 🌳 E se eu te contasse que Mendoza seria desértica se não fosse um genial e extraordinário sistema de irrigação iniciado pelos indígenas (huarpes), você deveria ficar ainda mais 😲 admirado(a). Pergunte à uma IA se quiser saber mais sobre isso.
O povo mendocino é, em geral, extremamente tranquilo e gentil, especialmente fora do centrão comercial da cidade. Embora os índices de criminalidade sejam maiores que os de cidades do sul do Brasil, como Jaraguá do Sul e mesmo Maringá, Mendoza não está entre as mais perigosas da Argentina (como Rosário ou Córdoba). A sensação de segurança é boa. Andamos vários meses pela cidade e não sentimos medo de expor o celular ou outros objetos. Se você for ao fantástico Parque San Martín, mesmo à noite, verá as pessoas curtindo descontraídas, sem aquele estado de alerta em que ficamos os que moramos em algumas cidades brasileiras. Mas notamos, sim, bastante preocupação com respeito a furtos a comércios e residências. Pra começar, é praticamente inexistente alguma casa na cidade que não tenha grades. E chama muita atenção que em diversos comércios, como "kioskos" (um tipo de conveniência ou mini mercado de proximidade, encontrados aos milhares na Argentina, alguns 24h), farmácias etc, você seja atendido através de grades, especialmente no período noturno. Essa preocupação contrasta com cidades como Pato Branco (Brasil), onde ainda hoje é possível ver muitas casas não apenas sem grades, mas mesmo sem muros. Se em alguns municípios já vimos comércios com avisos do tipo "Estamos de férias. Voltamos no dia X", em Mendoza ouvimos de comerciantes que evitam colocá-los, para não dar dicas ("clues") ou atrair a atenção de pessoas que poderiam vir a cometer furtos em sua ausência.
Ah, de novo, não vou deixar passar: a palavra "fantástico" para o parque San Martín não é nenhum exagero: É "relindo", imenso, extraordinário. De verdade...
Quase me despedindo deste post, não posso deixar de te avisar que as faixas de pedestres em Mendoza são apenas listras brancas decorativas pintadas nas ruas. A preferência total e absoluta é dos veículos. É raríssimo algum motorista dar passagem. Cadê a gentileza dos mendocinos que mencionei anteriormente?: some ao entrarem nos carros. Nos poucos lugares em que há semáforos exclusivos para pedestres, é comum o sinal continuar aberto para veículos que fazem conversão. E ai de um que não arrancar antes de 1 microsegundo quando o sinal abre... buzinada na certa. Não adianta, ninguém vai conseguir me tirar da cabeça que Walt Disney visitou Mendoza e nela se inspirou para criar este desenho do Pateta.
Finalmente, se pretende ter suas próprias experiências na cidade, talvez tomar uma taça de vinho malbec — ou um mate, ou um "licuado" — sob a sombra de uma de suas centenas de milhares de árvores, recomendamos que o faça na primavera, quando florescem os jasmins que perfumam algumas de suas ruas, ou no verão se quiser comer frutos de duas amoreiras do parque, mais ou menos aqui.
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