É possível fazer trabalho remoto sem tanto esforço para encontrar clientes. O preço disso é que você terá que deixar para as plataformas uma fração dos seus vencimentos (da ordem de 20%) pelo serviço que elas prestam: basicamente, dar publicidade às suas habilidades para milhares de potenciais contratantes. Ambas as plataformas sugeridas neste texto não cobram por cadastro ou qualquer mensalidade, apenas uma porcentagem dos trabalhos conseguidos através delas. Existem diferentes experiências de uso, mas de mais de uma dezena de plataformas para trabalhadores freelance que testei, essas duas são das menos burocráticas, pagam certinho (eu já prestei serviços através de ambas) e oferecem opções convenientes e bem estabelecidas de pagamentos, como Paypal.
É necessário um pouco de inglês para cadastrar seus "gigs" e também para se comunicar com os clientes. Mas como toda comunicação é basicamente feita por mensagens de textos, se seu inglês não está afiado, você pode tranquilamente recorrer a um tradutor online.
O termo 'gig' vem do jargão musical e refere-se a pequenas performances de grupos musicais. Aplicado ao mundo do trabalho, o conceito refere-se a trabalhos esporádicos que têm uma curta duração e nos quais o empregado é responsável por uma tarefa específica dentro de um projeto. -- ¿Que és la 'gig economy'?
Quais são suas habilidades?
Há diversas possibilidades dentro das plataformas. Vou listar algumas das coisas que você poderá fazer:- Gráfica e desenho: criação de logotipos, criação de cartões de visitas, design de videojogos, ilustrações, desenho de tatuagens, caricaturas, edições com Gimp/Photoshop, desenho de currículos, design de livros , desenho de páginas web, desenho de interiores, paisagismo, desenho industrial e de produtos, desenho de flyers e folhetos etc.
- Redação e tradução: redação de artigos e publicações para blogs, redação de currículos, correção e edição, texto para redes sociais, redação jurídica, redação de discursos, escrita criativas, traduções entre os mais diversos pares de idiomas etc.
- Vídeo e animação: edição de vídeo, gifs animados, animação de personagens, produção de vídeo de e-learning, legendas, fotografia de produtos, efeitos visuais etc.
- Música e áudio: mixagem e masterização, narração, cursos de música online, edição de podcast, composição musical, transcrição de música, criação de jingles etc.
- Programação e tecnologia: Wordpress, criação de websites, desenvolvimento de jogos, aplicativos móveis, aulas online de programação, proteção de dados, suporte, conversão de arquivos etc.
- Negócios: Assistente virtual, gestão de comércio eletrônico, entrada de dados, estudos de mercado, gestão de projetos, consultoria jurídica, consultoria financeira, orientação profissional etc.
- Estilo de vida: aulas de fitness, assessoramento para casais, astrologia, imitações de celebridades, modelos fotográficos etc.
Fiverr (Possui também apps para Android e iOS)
Os serviços na Fiverr, chamados de gigs, começam em 5 dólares. Por exemplo, alguém poderia cobrar 5 dólares para traduzir 300 palavras e por conseguinte, 900 palavras sairiam por US$ 15. É apenas uma ilustração de como funciona: cada vendedor define o preço do seu trabalho, sendo que um tradutor com formação superior e certificados pode idealmente cobrar mais. Cada trabalho realizado no site recebe uma pontuação de 1 a 5 estrelas por parte do cliente, de modo que uma boa reputação costuma ajudar tanto a contratantes, a escolher os provedores de serviços, quanto a trabalhadores, que ganham mais exposição e maiores chances de ser recontratados.
De conceito idêntico ao Fiverr, mas sendo uma plataforma britânica, os preços estão em libras (que valem mais do que dólares). Não tem tantos contratantes quanto a Fivver, porém, o fato de ter também menos trabalhadores cadastrados, dá uma equilibrada no cenário.
Vou deixar ligação aí embaixo para outras plataformas bem conhecidas de freelancers que, não obstante, não posso pessoalmente recomendar por não ter tido uma experiência tão fluída com elas: