Plataforma para publicidade no Telegram

Já comentamos no canal de Girafa Biônica que o Telegram está testando uma plataforma própria, nativa, de exibição de anúncios. No entanto, esse serviço, pelo menos atualmente, não é para qualquer um, já que o Telegram Ads requer um orçamento mínimo de 2 milhões de euros. 😮


✅ Atualização! A plataforma oficial de anúncios do Telegram agora permite que qualquer empresa ou pessoa divulgue seus produtos e serviços com baixo orçamento! Clique para aprender a Criar um anúncio na plataforma Telegram ads


Continuação do post antigo:

Mas, felizmente, os meros mortais podem contar com uma plataforma alternativa para promover seus canais e produtos e serviços externos ao Telegram: Telega.io fornece um catálogo com milhares de canais parceiros para publicidade, permitindo contratar a publicação de anúncios no Telegram por apenas poucos reais.

Diferentemente da plataforma oficial de publicidade do Telegram, que permite somente pequenos banners de texto, no Telega.io o cliente pode escolher entre diferentes formatos, e incluir imagens e vídeos.

É possível adicionar fundos com os tradicionais cartões de crédito ou pagar com criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, Tron ou Litecoin.

Escolhendo os canais

A partir do catálogo de canais é possível fazer a seleção segundo vários critérios, como idioma, assunto, formato do anúncio, número de seguidores e visualizações por publicação, e ordenar por preço, visualizações, inscritos e "ER" (razão de inscritos a alcançar, calculado dividindo o alcance médio pelo número de assinantes do canal e depois multiplicado por 100), por exemplo.

Catálogo de canais no Telega.io mostrando o filtro de idiomas e opções de ordenação

Os formatos de veiculação disponíveis são 1/24, 2/48, 3/72, eterno e encaminhar. O 1/24 significa que o dono do canal deve deixar o anúncio no topo (na verdade, o "topo" é invertido, significando a publicação mais embaixo) do canal por uma hora e que deve ser mantido no canal por 24 horas. O 2/48 e 3/72 têm significados semelhantes, ou seja, no caso do 3/72 a publicação deve permanecer no topo (sem novos posts no canal) por três horas e pode ser apagada após 72 horas. O formato "Eternal" indica que o anúncio não será apagado nunca, embora não seja requerido que fique no topo. Finalmente, temos o "Forward" (Encaminhar / Repostagem) onde o anunciante envia o link de uma publicação a ser republicada pelo dono do canal e tem permanência de pelo menos 24 horas.

Você pode escolher mais de um canal para sua campanha / projeto. Ao analisar os parâmetros, observe que as informações proporcionados pelo Telegaio podem não estar atualizadas ou ser 100% precisas. Veja um exemplo real de um canal onde as visualizações, ER e CPM (Custo por mil impressões) aparecem zerados:

Dados de canal faltantes no Telega.io

Por essa razão, é sempre recomendável dar uma olhada manual nos dados e aspectos gerais do canal. Estando no catálogo, faça isso clicando nos três pontinhos referentes ao canal desejado, escolha "Visualizar" e na tela seguinte clique no link do canal para abri-lo diretamente no Telegram.

Por falar em visualização, vale a pena mencionar um bug que ocorre frequentemente quando se está prestes a fechar um pedido: surge um pop-up mostrando valores incorretamente altos do pedido. Geralmente basta cancelar e continuar do passo imediatamente anterior para que o montante correto seja apresentado.

Menu de três pontos permite selecionar ou visualizar canal. Ícone de coração para favoritar e carrinho para adicionar à cesta do projeto.

Ao enviar seu anúncio, o administrador do canal tem 24 horas para aprovar ou não. Caso seja aprovado, você receberá uma notificação com o link para o post com sua publicidade.

Integração com bot no Telegram

Uma das coisas bem legais do Telega.io é que pode ser integrado ao Telegram de uma maneira super conveniente, de modo que você poderá receber notificações e realizar diferentes ações referentes às suas campanhas, como aprovações, avaliações e comentários diretamente do mensageiro.
Para isso, acesse o bot Telega Notifications e associe seu usuário à sua conta do Telega.io. Você deverá digitar a senha que usou no cadastro do Telegaio. Se encontrar algum problema, entre nas configurações de seu perfil no site do Telega.io, de onde é possível enviar uma mensagem de teste para o bot.
 

Desktop ou dispositivo móvel 

Observe que as capturas de tela mostradas neste post referem-se à versão para computador de mesa do Telega.io, mas embora a plataforma não disponha de um app, o site tem um versão totalmente adaptada para smartphones, onde se podem realizar confortavelmente todas as mesmas operações que permitem colocar no ar as suas campanhas publicitárias.

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Comparação de salários

🇧🇷 Brasil

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🇵🇹 Portugal 

Comparador salarial | Compare seu salário | Compara o teu salario

🇧🇷 🇵🇹 Buscar salário por cargo ou empresa específica:

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Girafa Biônica no Telegram

Notícias sobre tecnologia e sociedade em um dos melhores mensageiros da atualidade.

Veja alguns dos posts publicados no canal:

👉🏻 Clique para participar! 

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Grupos de poliglotas no Telegram


Ver também: 🎁 Sorteios de Estrelas

Básico
Sinais África Américas Ásia Europa Antigas (Ancient) Artificiais (Conlang) Grupos especiais


💡 Tem mais!: Veja outros grupos e canais de estudantes de idiomas, aqui

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Telegram: Grupos e canais de vagas de emprego em TI



Vagas em tecnologia da informação, muitas delas disponíveis através de teletrabalho ("home office", trabalho remoto):


Vejam também

👩‍💻 Vagas na escala 4x3: Ofertas de trabalho com jornada reduzida, inclusive em empresas brasileiras.
🤷‍♂️ Por que tantas empresas oferecem bolsas gratuitas para a área de TI?

🦒Canal Girafa Biônica: Para manter-se por dentro das mudanças tecnológicas dos nossos tempos e seus impactos na sociedade. Junte-se a mais de 4 mil participantes. Espaço para dúvidas e comentários disponível. 





E ainda:
▫️Canal trabalho, com notícias que abordam relações laborais, jornada reduzida, home office, capitalismo tardio, aposentadoria, reformas etc.


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Comparando plataformas de audiolivros

Vários estudos já compararam a compreensão de texto de quem lê e-books e livros em papel. Em geral, poderia-se dizer, nesse quesito os livros impressos se saem melhor. Mas e quanto aos livros em áudio? Para a professora Vera Wannmacher Pereira, da Faculdade de Letras da PUCRS, no caso dos audiolivros a diferença é mais sutil. Os propósitos de quem lê ou escuta livros costumam ser diferentes. Por exemplo, quem opta pelo formato de áudio frequentemente gosta de fazer outras coisas ao mesmo tempo em que ouve. Audiolivros também podem ser úteis para treinar a compreensão oral no estudo de idiomas estrangeiros. Vejamos o que oferecem algumas das principais plataformas:

Scribd: Conta com audiobooks (cerca de 70 mil), ebooks (perto de 1 milhão), revistas, e documentos (60 milhões). Com a mesma inscrição de 10 euros ao mês é possível acessar a todo esse conteúdo de forma praticamente ilimitada. "Praticamente" porque há um asterisco aqui: "Ocasionalmente, alguns títulos em nossa biblioteca podem estar temporariamente indisponíveis para você, dependendo de sua atividade de leitura recente." Essa frase é muito vaga, certo? Bom, o que alguns usuários relatam é que a Scribd limita o número daqueles audiolivros novos e mais populares que você pode acessar em um mês. Mas caso você não ouça mais que 2 ou 3 desses top audiobooks no mês, talvez nem se depare com essa restrição. Note que o funcionamento da Scribd é semelhante ao da Netflix, no sentido em que você está pagando um aluguel do conteúdo. Ou seja, você não está comprando os livros e não poderá acessá-los terminada sua assinatura. Para muitos isso não é problema, já que não têm interesse em escutar ou ler o mesmo livro duas ou mais vezes. É possível experimentar o serviço gratuitamente por 30 dias.

Storytel: Com modelo semelhante ao da Scribd (onde você aluga os audiolivros em vez de comprar), conta com aproximadamente 150 mil títulos, ao custo de 4.25 euros / mês. É possível fazer um teste grátis por 14 dias.

Audible: Pertencente à Amazon, cobra cerca de 15 euros por mês e tem atualmente um catálogo de 100 mil audiobooks. O assinante do plano "Premium Plus" tem um crédito com o qual poderá escolher apenas 1 livro por mês (embora dêem a chance de fazer uma troca). Há audiolivros em português, mas o serviço ainda não foi lançado no Brasil (é possível então que o valor da assinatura seja ajustado à realidade do país, como ocorre com outros serviços da Amazon). Dá para ouvir os livros em diversos dispositivos, incluíndo, claro, o Alexa. A empresa oferece 30 dias grátis para experimentar o serviço. Os audiolivros adquiridos são seus mesmo após encerrada a assinatura. A plataforma permite comprar outros títulos além daquele a que a assinatura dá direito no mês, frequentemente com algum desconto.

Google Play Livros: Para comprar audiolivros sem assinatura.


Rakuten Kobo: No Brasil, permite comprar audiobooks diretamente, sem assinatura. É provável que logo passe a oferecer inscrições, como o faz em outros países. Na Espanha, por exemplo, cobra € 10 pela assinatura que dá direito a ouvir 1 audiobook por mês, em modelo similar ao da Audible, onde o livro pertencerá ao usuário para sempre (é comprado, não alugado como em Scribd e Storytel, por exemplo). Possui por volta de 100 mil audiobooks e 5 milhões de e-books em seu catálogo.

Ubook: Estima-se que possua 30 mil títulos de livros. Na página você vê anunciados "Mais de 400 mil títulos, entre audiobooks, ebooks, podcasts, séries, documentários e notícias". Tenha em conta que a maior parte desse montante se refere a podcasts. O valor da assinatura é de € 2.28 e permitem experimentar o serviço por uma semana.

Tocalivros: Possui aproximadamente 2 mil audiobooks e plano mensal de 3 euros, permitindo também a compra direta de audiolivros, sem assinatura. É possível fazer um teste gratuito por 15 dias. 

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Comparando Parler com outras redes sociais


Há um cansaço de redes sociais? Já uma década atrás se falava em "certa fadiga" desse tipo de site. E em 2020 o assunto segue em pauta em artigos e documentários como o célebre "O Dilema das Redes", ironicamente exibido pela Netflix (que usaria táticas similares às apontados pela produção para capturar a atenção dos usuários). "Existem apenas duas indústrias que chamam seus clientes de usuários: a de drogas e a de software", diz o professor da Universidade de Yale Edward Tufte durante o documentário. Por vício ou não, o fato é que o número de visualizações das principais redes sociais continua aumentando, como mostram esses gráficos proporcionados por SimilarWeb. Veja também a participação relativa das redes, no gráfico mais abaixo, fornecido por statcounter.






Source: StatCounter Global Stats - Social Media Market Share

Os brasileiros só ficam atrás dos estadunidenses em acessos ao Facebook e Instagram. O Instagram é uma rede social [extremamente] egocêntrica em vários aspectos, inclusive na maneira em que tenta impedir a qualquer custo que seus usuários naveguem para fora dela. A obsessão de seus criadores em aprisionar a atenção de seus usuários chega ao nível de abolir os links nos posts, o que se choca até com o próprio conceito da WWW, que é de um "sistema de documentos (vídeos, sons, textos, imagens) em hipermídia que são interligados na Internet". No Instagram as interligações com a Internet estão eliminadas (a única possível, e deliberadamente fora de mão, é feita através da "bio"). O Facebook não chegou ainda nesse nível, sendo mais criticado por questões de privacidade e principalmente por controlar e decidir (através dos famigerados algorítmos) o que os usuários veem ou não em suas linhas do tempo.
Todo esse prelúdio para chegar à rede social Parler, que se propõe a resolver alguns desses problemas, embora, claro, ainda seja muito cedo para dizer se terá sucesso ou não. Uma das características que a diferenciam do Facebook é justamente o fato de que os posts na linha do tempo dos usuários são apresentados, por padrão, em ordem cronológica (e não, baseada em algoritmos). Além disso, conta com ferramentas de moderação não tão comuns em outras redes. Uma delas permite configurar um filtro de palavras e as ações que serão executadas caso alguém faça comentários utilizado-as, que incluem revisar, negar, banir, silenciar ou proibir o usuário temporariamente. Penso que tal ferramenta pode ser útil para minimizar certo tipos de spam, mas há o risco de que seja utilizada para restringir o debate e radicalizar pontos de vista.


Na seção de sinalização de spam, indicamos que ações serão tomadas, se alguma, caso qualquer comentário seja sinalizado como irritante ou sem propósito um número x de vezes, ou se receber mais sinalizações do que votos positivos. Há filtros (não mostrados na imagem abaixo) para conteúdo sensível e NSFW (não seguro para o trabalho, ou seja "vídeos ou páginas que contenham nudez, sexualidade intensa, profanação, religião, política, violência intensa, e/ou outro assunto potencialmente perturbador, que o espectador pode não querer ser visto olhando em um ambiente público ou formal, incluindo um local de trabalho, escola ou ambiente familiar", segundo definição da Wikipédia.) Finalmente, vemos algumas configurações adicionais de moderação denominadas "Comment Filtration Behavior", mas elas parecem às vezes contraditórias ou se sobrepor as configurações principais; logo é necessário testá-las na prática para entender melhor como realmente funcionam:


Os botões que aparecem abaixo de cada publicação da Parler tem as funções indicadas na imagem seguinte:



😑 Cansou de redes sociais?
Fique só no Telegram com está seleção de grupos e canais.

📳 Cansou de feeds?
Aqui encontrará sugestões de títulos de livros para dar um tempo das mídias sociais.

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Dois apps para aprender idiomas com música

Atualmente há um sem número de métodos para aprender idiomas. Alguns "especialistas" ou poliglotas recomendam ler e assistir vídeos. Outros, que se comece a praticar o novo idioma desde o dia zero, recorrendo a professores online ou a pessoas nativas em redes sociais. Procure, por exemplo, pelo termo "poliglota" no Youtube e irá se deparar com diversas dicas e macetes. Não há um consenso. Mas um ponto em comum parece envolver a escolha de um método que seja motivador para o estudante em particular. Muitos poliglotas também dizem não usar um método único, de modo a que o aprendizado seja menos maçante e mais prazeroso. E é justamente no quesito satisfação que podem entrar apps que auxiliam no aprendizado de idiomas através de músicas, afinal, quem não tem suas canções preferidas?

Sounter (grátis com bastantes anúncios ou premium por $ 17 / ano) e Lyrics Training (LT) (premium por € 30 / ano; na versão grátis há uma limitação de quantas vezes se pode "jogar" por hora) funcionam basicamente do mesmo modo: o usuário escolhe entre meia dúzia de idiomas disponíveis (LT conta com mais opções, e inclui alguns menos populares como catalão, sueco e finlandês; veja abaixo), e logo algum dos vídeos musicais. O usuário deverá selecionar quantas palavras deseja completar enquanto a música toca. Não disponível no LT, Sounter adiciona "lições" para ajudar a memorizar palavras das músicas e o modo tradução, onde enquanto a música toca, a letra aparece em português e o ouvinte vai escolhendo a opção correta no idioma que está aprendendo. Ambos apps contam com o modo karaoke, onde é possível simplesmente ouvir a música sincronizada com a letra, conveniente se se quer escutar uma vez antes de passar ao modo jogo. No caso do Sounter, o modo karaoke é ativado clicando no ícone de microfone na parte inferior direita, após feita a escolha do vídeo.


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Já é possível comentar em canais do Telegram

Quem estiver com o Telegram atualizado, poderá deixar comentários em canais que tenham um grupo vinculado:


Os administradores de canais que não tenham e não desejam ter grupos associados, também podem habilitar, ainda que de forma não nativa, comentários em quaisquer canais, valendo-se de bots como o Discuss.

Para saber mais e ver como funciona o sistema de comentários integrado, acesse, por exemplo, o ótimo canal Dicas Telegram.



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Livros: infoproletariado, ciberproletariado

Ver também: Canais Trabalho e Girafa Biônica, no Telegram, e ainda Os robôs vão roubar seu trabalho, e tudo bem?, Livro Tecnofeudalismo: O que matou o capitalismo

“Este livro, que chega em boa hora, reunindo resultados de recentes pesquisas realizadas em vários países e, no caso do Brasil, em diferentes regiões do país, nos traz um conjunto de reflexões sobre uma das formas de trabalho que mais vem se desenvolvendo nos dias atuais, qual seja, o trabalho de profissionais de TI. […] o trabalho informacional traz consigo a emergência de novas formas de trabalhar, novas maneiras de conceber o trabalho e sua administração, novas configurações da organização empresarial, novos valores profissionais, novas maneiras de se justificar a exploração do trabalho e de se obter o consentimento dos trabalhadores e trabalhadoras.” - Márcia de Paula Leite.

El rechazo del trabajo
"O trabalhador a tempo completo experimenta o tempo como uma rápida série de pequenas bolsas de tempo discretas: um ciclo em constante rotação de períodos de trabalho e períodos livre, em que o tempo livre se restringe a noites, fins de semana e férias. Os fragmentos de tempo oferecem um espaço limitado para absorver-se em atividades autodefinidas mais substanciais, atividades que exigiriam um investimento constante de tempo e energia em forma de concentração, dedicação, construção de comunidades, ou aprendizagem de novas destrezas. A vítima extrema de esta situação é o arquétipo trabalhador apressado de hoje, que regressa a casa já de noite, se sente cansado para relacionar-se emocionalmente com a família, e não está inclinado a fazer muito além de beber vinho ou ver TV antes de deitar. O trabalhador foi privado do tempo e da energia necessários para escolher algo diferente."

A Formação do Cibertariado: Trabalho Virtual em um Mundo Real
"Este é um dos mais instigantes estudos recentes de sociologia do trabalho. Ursula Huws, uma das mais criativas e originais pesquisadoras da área, procura compreender como vem se configurando a classe trabalhadora, em sua nova morfologia, especialmente nas atividades de serviços, nas quais ganharam enorme destaque as tecnologias de informação e comunicação (TIC). A autora foi pioneira em procurar entender esse novo proletariado de serviços que, se, por um lado, se caracteriza por uma grande heterogeneidade em suas atividades, por outro, se configura como expressão de uma crescente homogeneização, dada pela precarização desse polo do trabalho que se expande em escala global. Articulando dimensões cruciais como classe, gênero, trabalho digital, trabalho doméstico, criação do valor, precarização, etc., seu livro é um marco no estudo do cibertariado." - Ricardo Antunes

Neste livro, Arun Sundararajan reflete sobre como a economia compartilhada altera o crescimento econômico e afeta o futuro do trabalho, perguntando-se se viveremos em um mundo de empreendedores empoderados ou se seremos trabalhadores digitais desamparados, correndo de uma plataforma a outra em busca do próximo bico. Na esperança de que o futuro penda para o lado mais positivo dessa questão, o autor destaca a importância de escolhas políticas acertadas e sugere possíveis direções para a autorregulamentação, as leis trabalhistas e as redes de seguridade social. Com texto de apresentação de Ladislau Dowbor, economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, esta publicação do Senac São Paulo visa contribuir para o debate sobre as relações econômicas, sociais e trabalhistas, surgindo como uma obra de referência para a compreensão das novas dinâmicas que emergem da criação de redes baseadas nas novas tecnologias digitais.

"Em uma pesquisa, 61% dos funcionários afirmaram que o estresse no trabalho os deixou doentes, e 7% disseram ter sido hospitalizados. O estresse ocupacional custa aos empregadores norte-americanos mais de US$300 bilhões anuais e pode causar 120 mil mortes excedentes a cada ano. Na China, em torno de 1 milhão de pessoas morrem no mesmo período devido ao excesso de trabalho. Literalmente morrendo por um salário."...

O livro de Tom Slee tem o mérito de desmistificar a aura de esperança com que a Economia do Compartilhamento foi encarada em seus primórdios. Ele é inspirado, como diz o autor na conclusão, por um sentimento de traição. Uberização: a nova onda do trabalho precarizado é uma importante denúncia contra o cinismo dos que se apresentam ao grande público como promotores da cooperação social e do uso parcimonioso dos recursos, mas que na verdade estão entre os mais importantes vetores da concentração de renda, da desregulamentação generalizada e da perda de autonomia dos indivíduos e das comunidades no mundo atual. - Ricardo Abramovay, no prefácio. Uber, Airbnb e companhia juram que as novas tecnologias nos colocaram às portas de um mundo incrível: vizinhos ajudando vizinhos, cidades compartilhadas, transporte eficiente, desconhecidos confiando uns nos outros. Mas o texto cortante de Tom Slee nos convida a olhar as promessas da chamada Economia do Compartilhamento sob o prisma de um movimento vertiginoso do Vale do Silício para fazer avançar a desregulação sobre todas as áreas de nossas vidas, desafiando as regras democráticas, remodelando as cidades e arrecadando bilhões para seus executivos.

Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0
Organizada por Ricardo Antunes, professor da Unicamp e sociólogo do trabalho, a obra é uma coletânea de artigos que desbrava os temas do trabalho digital, da uberização e plataformização do trabalho e do fenômeno da Indústria 4.0 e suas consequências para o universo laborativo e para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. O livro traz dezenove artigos de importantes pesquisadores e pesquisadoras, brasileiros e estrangeiros, que investigam, em diferentes setores, os impactos sociais decorrentes da expansão do universo maquínico-informacional-digital. A uberização, conceito abordado, definido e expandido na obra, é um processo de individualização e invisibilização das relações de trabalho, que assumem a aparência de “prestação de serviços”, obliterando relações de assalariamento e de exploração. O livro investiga como a introdução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no mundo produtivo funciona para aumentar o cenário de precarização do trabalho – prescindindo de salários e reduzindo pagamentos, ampliando o controle sobre e a competição entre os trabalhadores – por meio de análises de diferentes setores produtivos impactados pelo trabalho digital e pela Indústria 4.0, como o trabalho de entregadores de aplicativos, a indústria automobilística, o setor bancário e os setores de telemarketing e call-center. Os artigos também enfatizam a importância dos movimentos de resistência à precarização, dos quais o “Breque dos Apps”, a paralisação nacional dos entregadores de aplicativos ocorrida em 1º de julho de 2020, é o mais recente exemplo.

Daqui a trinta anos, quando enfrentaremos o fim das profissões e mais empregos serão ‘uberizados’, podemos muito bem acordar e imaginar por que não protestamos contra essas mudanças. Podemos sentir remorso por não termos buscado alternativas, mas não podemos mudar o que não entendemos. Portanto, estou perguntando: o que significa a ‘economia do compartilhamento’?

Infoproletários evidencia a associação oculta entre o uso de novas tecnologias e a imposição de condições de trabalho do século XIX em um dos setores considerados como mais dinâmicos da economia moderna, o informacional. Ao contrário do que é prometido pelos entusiastas deste novo segmento, os trabalhadores vivenciam uma tendência crescente de alienação do trabalho em escala global. A obra reúne uma série de ensaios que esquadrinham diferentes aspectos da rotina e do modo de vida daqueles que, apesar de frequentemente arruinarem suas vozes ao transformá-las em poderosos instrumentos de acumulação de capital, raramente são ouvidos. A classe trabalhadora é retratada neste livro em duas representações polarizadas. De um lado, aparecem os operadores de telemarketing. Globalizados em sua relação social, totalizados em sua subordinação, monitorados em cada um de seus movimentos, punidos por cada infração às regras, resumem e simbolizam os novos trabalhadores atrelados ao resplandecente, porém inatingível, mundo do consumo. Sua imaginação é totalmente circunscrita e dirigida pelo capitalismo. Já em outro extremo estão os aristocratas do cibertrabalho, os programadores de software, gabando-se e desfrutando de sua autonomia enquanto se movem em espiral pelo espaço e pelo tempo. Eles não são menos prisioneiros da própria individualidade, intoxicados por seu ilusório empreendedorismo. Segundo Michel Burawoy, sociólogo que assina a orelha do livro, 'a obra aponta para a profunda transformação sofrida pela classe trabalhadora e o projeto de movimento internacional operário, ante os parâmetros verificados por Karl Marx em seu tempo. Apenas a articulação entre múltiplas identidades - de gênero, de nacionalidade, de raça, assim como de classe - forjadas em terrenos políticos que transcendam a produção imediata lhes permitirá se rebelar contra o mercado e desafi ar o capital global - mas, mesmo assim, apenas em um grau limitado e de uma forma fragmentária. Essa é certamente a mensagem deste livro - que revela a experiência cotidiana vivida por essa nova classe trabalhadora globalizada ligada aos serviços'.

Aqueles que estão no precariado carecem de autoestima e dignidade social em seu trabalho; devem procurar por esse apreço em outro lugar, com sucesso ou não. Se forem bem-sucedidos, a inutilidade das tarefas que são obrigados a fazer em seus empregos efêmeros e indesejáveis pode ser reduzida, na medida em que a frustração de status será diminuída. Mas a capacidade de encontrar a autoestima sustentável no precariado quase sempre é vã. Existe o perigo de se ter uma sensação de engajamento constante, mas também de estar isolado no meio de uma multidão solitária. O resultado é uma crescente massa de pessoas – em potencial, todos nós que estamos fora da elite, ancorada em sua riqueza e seu desapego da sociedade – em situações que só podem ser descritas como alienadas, anômicas, ansiosas e propensas à raiva.

Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV - trabalho digital, autogestão, e expropriação da vida
Riqueza e miséria do trabalho no Brasil v. IV, coletânea organizada pelo sociólogo e professor da Unicamp Ricardo Antunes, explora os novos desenhos das relações de trabalho. Os artigos aqui reunidos, escritos por intelectuais como Ricardo Festi e Luci Praun, indagam-se sobre os rumos da nova morfologia do trabalho com as significativas transformações laborativas que caracterizam o capitalismo na era informacional-digital. Na primeira parte, o principal elemento tematizado é o trabalhador digital (infoproletariado ou ciberproletariado), levando em conta a expropriação do tempo de trabalho e de vida por empresas globais e a explosão do trabalho intermitente (zero-hour contract). Já na segunda parte, os artigos direcionam-se para a particularidade brasileira: as relações de gênero e classe, os adoecimentos, os desafios para a juventude que trabalha e o mito do 'empreendedorismo'. Por fim, na terceira e última parte, as lutas de resistência são evidenciadas. As greves no contexto global e suas inter-relações com as distintas regiões e a experiência emblemática das fábricas ocupadas finalizam esta coletânea.

O privilégio da servidão, do sociólogo e professor Ricardo Antunes, apresenta um retrato detalhado e atualizado da classe trabalhadora hoje, com as principais tendências das novas relações trabalhistas, em que precarizações, terceirizações e desregulamentações tornaram-se parte da regra, e não da exceção. O estudo apresenta uma análise minuciosa das mudanças nas relações de trabalho durante a história recente do país, desde a redemocratização até os primeiros meses de Jair Bolsonaro no poder – passando pelo impeachment de Dilma Rousseff e pelo governo de Michel Temer. O eixo central da obra busca compreender a explosão do novo proletariado de serviços, que se desenvolve com o trabalho digital, online e intermitente. A nova edição do livro conta com um tópico inédito, que procura indicar algumas causas e elaborar significados para a vitória da extrema direita nas eleições de outubro de 2018. Antunes mostra como esse episódio viria a revelar “a nada esdrúxula combinação entre autocracia tutelada e neoliberalismo exacerbado” do governo Bolsonaro: “Trata-se da sujeição completa aos imperativos mais virulentos e destrutivos do capital e, por consequência, da devastação integral das forças sociais do trabalho”.

24/7. Capitalismo e os Fins do Sono
24/7 é um panorama vertiginoso de um mundo cuja lógica não se prende mais a limites de tempo e espaço, funcionando ininterruptamente sob uma lógica para a qual o próprio ser humano é um empecilho. Para o autor, nossa necessidade de repouso e sono é a última fronteira ainda não ultrapassada pela lógica da mercadoria. O capitalismo, no entanto, já se movimenta no sentido de colonizar mais essa esfera da vida e hoje financia extensamente pesquisas científicas que buscam a fórmula para crias o “homem sem sono”, capaz de trabalhar e consumir sob a lógica 24/7. Ainda assim, o livro recupera toda uma tradição da cultura ocidental que sempre viu no sono e no sonho possibilidades utópicas. 24/7 é um dos diagnósticos mais agudos do mundo contemporâneo.

Tecnologias Disruptivas e a Exploração do Trabalho Humano
"A obra investiga os impactos da nova tendência do capitalismo hypster no mundo do trabalho e ensaia as primeiras conceituações jurídico-trabalhistas para o fenômeno, já batizado de uberização da economia. As plataformas eletrônicas organizadas de forma democrática, solidária e colaborativa, com justa remuneração, transparência da portabilidade de dados dos tomadores e prestadores do trabalho apresentam-se como uma alternativa para a economia. O desafio do Direito do Trabalho da contemporaneidade tecnológica é justamente distinguir o joio do trigo. Imensas corporações planetárias dominam mercados e trabalhadores, aprisionam a energia da cooperação social, transferem os custos e internalizam de maneira assimétrica os ganhos, passando a atuar, em determinadas hipóteses, como verdadeiro empregador-nuvem."

Infoproletários e a Uberização do Trabalho
Esta coletânea é fruto de um dos eixos de pesquisa desenvolvidos, a partir de agosto de 2016, no âmbito do Núcleo de Pesquisa e Extensão " O trabalho além do Direito do Trabalho: Dimensões da clandestinidade jurídico-laboral" (NTADT), vinculado ao Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (DTBS/FDUSP) e dedicado ao estudo da condição econômica, jurídica e sociológica dos trabalhadores situados à margem de legalidade ou da institucionalidade laboral, no Brasil e no mundo.

Utopia para Realistas: A favor da renda básica universal, uma semana de 15 horas de trabalho e um mundo sem fronteiras
"Brilhante, completo, verdadeiramente esclarecedor e altamente legível. É leitura obrigatória para aqueles que estão preocupados com as injustiças da sociedade de hoje e querem ajudar a remediá-las." -- Zygmunt Bauman
"Um livro brilhante, que todos deveriam ler. Bregman nos mostra que temos olhado para o mundo de cabeça para baixo. À medida que damos a volta, de repente vislumbramos novos caminhos para o futuro. Se conseguirmos pessoas suficientes para ler este livro, o mundo começará a ser um lugar melhor". -- Richard Wilkinson, co-autor do livro Inequality: An Analysis of Collective (In)Happiness


Ver ainda: Canal de livros no Telegram

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